Que saudade no meu peito
Eu sinto do Paschoalão.
Era um amigo perfeito,
Tinha um grande coração.
Pouca gente tenho visto
Amar a sua cidade
Com tamanha devoção...
E era um temente a Cristo,
Que o terá na eternidade
Bem junto ao seu coração!
Por isso é que o seu cuidado,
Seu mais querido pertence
Fosse o museu do passado
Da sua terra conchense.
E era um artista curioso
De exotissimas raízes,
E de manchas tinha o gozo
De pinta-las sem deslizes.
Mas, sobretudo, era poeta
A externar seu coração,
Em trova que se completa
O pensamento e a emoção.
Homem bom, bom cidadão
O incansável “leão” Barone!
Por tudo teve o condão
De ao morrer deixar um Nome!
Que saudade no meu peito,
Da imagem do Paschoalão!
Era um amigo perfeito
De alma e de coração.
Paulo Fraletti
Pereiras, 23.11.1997